Oriente Médio fica em alerta para ataque iraniano; Lufthansa suspende voos para Teerã

A companhia aérea alemã Lufthansa prorrogou na quinta-feira a suspensão de seus voos para Teerã devido à situação no Oriente Médio, que está em alerta para uma retaliação iraniana por um suposto ataque aéreo israelense à embaixada do Irã na Síria.


Reuters

BERLIM/DUBAI - Uma agência de notícias iraniana publicou uma reportagem em árabe na plataforma de mídia social X dizendo que todo o espaço aéreo sobre Teerã havia sido fechado para exercícios militares, mas depois removeu a reportagem e negou ter divulgado tal notícia.

Bandeira iraniana no consulado do Irã em Damasco 8/4/2024 REUTERS/Firas Makdesi

A região e os Estados Unidos estão em alerta para um ataque retaliatório do Irã desde 1º de abril, quando supostos aviões de guerra israelenses bombardearam o complexo da embaixada iraniana na Síria.

A Lufthansa disse na quinta-feira que suspendeu os voos de e para Teerã até provavelmente 13 de abril, estendendo sua suspensão por dois dias.

Um porta-voz afirmou que a empresa havia decidido não operar um voo de Frankfurt para Teerã no último fim de semana para evitar que a tripulação tivesse que desembarcar e passar a noite em Teerã.

A Lufthansa e sua subsidiária Austrian Airlines são as duas únicas companhias aéreas ocidentais que voam para Teerã, que é servida principalmente por companhias da Turquia e do Oriente Médio.

A Austrian Airlines, que é de propriedade da Lufthansa e voa de Viena para Teerã seis vezes por semana, disse que ainda planejava voar na quinta-feira, mas estava ajustando os horários para evitar uma parada durante a noite.

Não houve resposta imediata de outras companhias aéreas internacionais que voam para Teerã. O espaço aéreo iraniano também é uma rota de sobrevoo importante para os voos da Emirates e da Catar Airways para a América do Norte.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse que Israel "precisa ser punido e será" pelo ataque, que matou sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana, entre eles um comandante sênior de sua unidade de elite no exterior, a Força Quds.

Israel, que iniciou uma guerra na Faixa de Gaza há seis meses contra o Hamas, apoiado pelo Irã, não confirmou que estava por trás do ataque a Damasco, mas o Pentágono afirmou que sim.

Em uma aparente resposta a Khamenei, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou que Israel responderia se o Irã atacasse Israel a partir de seu próprio solo.

(Reportagem de Birgit Mittwollen, Riham Alkousaa, Ilona Wissenbach e Lisa Barrington)

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