Apreensão entre militares

Temor de impacto da crise sobre fundo de pensão


José Meirelles Passos

WASHINGTON. Eles, por enquanto, têm emprego. Mas se preocupam cada dia mais com o futuro que para alguns já é quase imediato: são os militares que estão se aproximando da aposentadoria, O problema é que a crise financeira está devorando as suas reservas o fundo de pensão privado que complementa o que receberão do Pentágono.

Para quem está combatendo no Iraque ou no Afeganistão a incerteza sobre como manter a família passou a ser um outro inimigo, e que também pode ser fatal. Afinal, quem deixa a farda após 20 anos de serviço passa a receber 50% do salário atual. Os que ficam 30 anos na ativa recebem pensão equivalente a 75%.

Sem o reforço da pensão privada, a perspectiva é a de ter de buscar um novo emprego, o que anda escasso. A tensão pode ser medida pelos informes que o Departamento de Defesa recebe das zonas de guerra sobre os momentos de lazer dos soldados, nos quais o fechamento das operações em Wall Street passou a ser seguido com tanta atenção quanto o beisebol.

A média das perdas tem sido de 30%. O prejuízo depende de quanto cada um está investindo naquele fundo. E alguns chegam a investir de 30% a 40% do salário, aproveitando-se do aumento que recebem ao irem à guerra: o soldo de um soldado raso, pula de US$ 2 mil para US$ 5 mil mensais.

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