ONU pede às Coreias que evitem hostilidades

Jornal do Brasil
 
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu ontem aos governos de Pyongyang e Seul que se contenham ao máximo e resolvam suas pendências a partir do diálogo, depois que uma patrulha naval norte-coreana e uma embarcação da Marinha da Coreia do Sul trocaram tiros na linha fronteiriça do Mar Amarelo.

Ban, que antes de assumir o atual cargo foi chanceler da Coreia do Sul, acompanha de perto o desenvolvimento da tensa situação na Península Coreana, palco na terça-feira do primeiro enfrentamento naval entre os dois países em sete anos.

Hillar y Apesar da escalada das tensões na região, a secretária de Estado norteamericana, Hillary Clinton, garantiu ontem que os planos do governo Obama de enviar um representante a Pyongyang pela primeira vez não serão interrompidos.

Uma das prioridades de Obama na região é a retomada do diálogo sobre o programa nuclear nortecoreano.

– Isso de forma alguma afeta a decisão de enviar o embaixador (Stephen) Bosworth. Achamos que se trata de um passo importante que fica em pé por si só – disse Hillary em entrevista coletiva durante uma reunião do bloco regional Apec, em Cingapura.
 
A Coreia do Norte costuma usar ações militares para se colocar na agenda de grandes eventos diplomáticos, e recentemente provocou alarme ao anunciar que aumentará a produção de plutônio para armas nucleares. Ao mesmo tempo, o regime comunista pleiteia um diálogo direto com Washington.

– Estamos obviamente esperando que a situação não se agrave, e encorajados pela reação calma que tem estado presente até agora – disse Hillary.

O presidente dos EUA, Barack Obama, chega nesta semana ao Japão para o início de uma viagem de nove dias à Ásia, e a ameaça nortecoreana para esta região economicamente vital estará no topo da sua agenda.

Os EUA anunciaram na terçafeira a decisão de mandar Bosworth, seu representante especial para a Coreia do Norte, a fim de manter um diálogo bilateral que possa estimular Pyongyang a voltar a um processo multilateral mais amplo, destinado a acabar com o programa de armas nucleares do país.

Os militares da Coreia do Sul estão em alerta elevado contra uma outra possível incursão, mas não houve nova atividade suspeita do Norte perto da fronteira marítima, segundo autoridades.

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