Boeing perde força na disputa pelo fornecimento de caças

P.N. e Reuters

O cancelamento do contrato da Embrear com a Força Aérea dos Estados Unidos reduziu a boa vontade do Brasil em ouvir a proposta americana para o reaparelhamento da Força Aérea Brasileira (FAB), de acordo com fontes próximas às negociações. Na ultima sexta-feira, William J. Burns, vice-secretário de Estado dos EUA, foi ao Itamaraty para apresentar as vantagens dos caças F-18 Super Hornett, da Boeing, sobre o Rafale, da francesa Dassault, e do Gripen, da sueca Saab. Acabou recebendo uma recepção gelada, apesar de Tovar Nunes, porta-voz do Itamaraty, negar qualquer

desconforto diplomático entre EUA e Brasil.

“O governo americano tem que acenar com um pacote de transferência tecnológica muito maior do que o oferecido pela Dassault para retomar a simpatia do governo brasileiro”, afirmou uma fonte.

Dassault e Saab já acenaram que, caso vençam a disputa, trarão para o Brasil todo conteúdo técnico de seus caças — algo que a Boeing promete fazer de forma parcial. As Forças Armadas do país já manifestaram, em mais de uma ocasião, a preferência pelo modelo francês. O chamado projeto FX-2 prevê a compra de 36 caças, com um orçamento superior a R$ 2 bilhões.

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