EUA e UE anunciam sanções contra autoridades russas e ucranianas

A União Europeia e os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira uma série de sanções contra autoridades da Rússia e da Ucrânia, em resposta aos desdobramentos na Crimeia.


BBC Brasil


Em uma reunião em Bruxelas, os ministros das relações exteriores dos países europeus anunciaram que 21 autoridades russas e ucranianas serão alvo das sanções, que incluem o congelamento de bens e restrições a viagens no bloco.

Nos Estados Unidos, as autoridades anunciaram o congelamento dos bens de sete russos, incluindo conselheiros do presidente Vladimir Putin, e quatro ucranianos – entre eles o presidente afastado da Ucrânia, Viktor Yanukovich.

As sanções foram anunciadas um dia depois do polêmico referendo na Crimeia no qual, segundo as autoridades, 97% dos eleitores votaram pela separação da Ucrânia e pela integração do território à Federação Russa.


Diplomacia

O presidente dos Estados Unidos disse que a decisão de seu país irá “elevar os custos” para a Rússia por seu envolvimento na crise na Ucrânia e advertiu que outras pessoas poderão sofrer represálias.

“Se a Rússia continuar interferindo na Ucrânia, nós estamos prontos para adotar mais sanções”, disse o presidente, que salientou que ainda acredita que uma solução diplomática para a crise pode ser encontrada.

Diferentemente dos EUA, a União Europeia ainda não divulgou os nomes das autoridades que serão alvo das sanções, mas todos teriam tido um papel crucial no referendo de domingo, considerado ilegal pelo governo da Ucrânia, pela própria União Europeia e pelos Estados Unidos.

A Rússia, por outro lado, afirma que a votação atendeu às leis internacionais. Ainda segundo as autoridades locais, 83% dos eleitores participaram do pleito.

Reunião em Bruxelas

Após o encontro em Bruxelas, o ministro do Exterior da Lituânia, Linas Linkevic, postou em sua conta no Twitter que mais medidas deverão ser tomadas nos próximos dias.

A União Europeia já havia suspendido negociações com a Rússia sobre um pacto econômico e sobre a redução de restrições à concessão de vistos.

Forças partidárias da Rússia tomaram o controle da Crimeia em fevereiro logo após a queda do presidente ucraniano pró-Moscou Viktor Yanukovych. O governo russo afirma que os soldados não estão sob o controle do país e são apenas forças de autodefesa.

Nesta segunda-feira o Parlamento da Crimeia declarou formalmente que a região se separou da Ucrânia e pediu ao Kremlin para ser anexada à Rússia.

O governo da Ucrânia afirmou que não vai reconhecer os resultados do referendo. E o Parlamento ucraniano aprovou nesta segunda-feira a mobilização de 40 mil reservistas e afirmou que está monitorando a situação na fronteira leste, com a Rússia.


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