Hacker que roubou informações sobre caça F-35 é festejado na China

Cidadão chinês que invadiu as redes de empresas contratadas pela Defesa dos EUA e entregou informações confidenciais à China é festejado como herói em seu país.


Sputnik


Su Bin se declarou culpado em um tribunal federal de Los Angeles, junto a cúmplices, de invadir as redes da Boeing e de outras empresas do setor de Defesa. As invasões ocorreram entre outubro de 2008 e março de 2014, segundo a promotoria. 


F-35
F-35 Lightning © flickr.com/ Gonzalo Alonso

O cidadão, por outro lado, está sendo visto como grande patriota em seu país.

“Estamos dispostos a mostrar nossa gratidão e respeito por seu serviço ao país”, diz um editorial do jornal chinês The Global Times. O editorial também questiona se Su é mesmo culpado, alegando que os Estados Unidos já haviam supostamente encontrado “vários espiões” que, segundo o jornal, “a maioria se provou inocente”.

Su, também conhecido como Stephen Su, é um abastado homem de negócios” segundo documentos do tribunal. De acordo com os promotores, Su forneceu a dois outros “conspiradores” na China informações confidenciais sobre vários programas, inclusive sobre o avião de transporte C-17 e dois caças: o F-35 e o F-22.

EUA e China vêm há anos se acusando de espionagem cibernética. Su é a primeira pessoa acusada com sucesso pelos Estados Unidos de roubar segredos por meio de invasão hacker. Entretanto, segundo o jornal chinês Cheat Sheets, o fato fez de Su um herói nacional.

“No campo de batalha secreto, sem pólvora, a China precisa de agentes especiais para adquirir segredos dos EUA”, diz o jornal.

Oficialmente, contudo, o porta-vos do ministro chinês de Relações Exteriores, Hong Lei, Pequim “se opõe firmemente e não apoia atividades de espionagem cibernética.”



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