Síria: coalizão viola direito internacional ao atacar civis em Raqqa com bombas de fósforo

O ministério das Relações Exteriores da Síria enviou notas ao secretário-geral da ONU e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, classificando os ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA em Raqqa de patente violação do direito internacional.


Sputnik

Neste sábado, a agência de notícias síria SANA informou, citando o chefe local do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, que a coalizão atacou um hospital em Raqqa com bombas de fósforo. 


Consequências de ataque aéreo na província de Raqqa (Arquivo)
Ataque aéreo em Raqqa, Síria © REUTERS/ Rodi Said

"Ataques aéreos sistemáticos contra bairros residenciais e construções civis, a destruição do hospital estatal de Raqqa e o uso de fósforo branco proibido pelas aeronaves da 'coalizão internacional' são uma violação patente do direito internacional e é mais um dos crimes de 'coalizão' contra pessoas inocentes nas províncias e nas cidades da Síria", afirma o documento, cuja cópia foi divulgada pela imprensa local.

O documento também exigiu uma posição imediata da ONU sobre as atividades da coalizão liderada pelos EUA, que atua no país sem a autorização de Damasco e violando as resoluções das Nações Unidas.

"[O ministério das Relações Exteriores da Síria] também exige que o Conselho de Segurança da ONU cumpra as suas atribuições de manutenção da paz e da segurança e exige que todos os países cumpram as resoluções do Conselho de Segurança sobre o combate ao terrorismo", escreveu a chancelaria síria.

Segundo a imprensa oficial síria, pelo menos 50 civis morreram na última semana em ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos EUA.

A coalizão liderada pelos EUA já declarou que usa bombas de fósforo na Síria, mas respeitando as normas internacionais e adotando medidas para prevenir que estas afetem os civis. A organização Human Rights Watch, por outro lado, manifestou reiteradas críticas ao uso de bombas de fósforo no país.

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