Japão volta a ter porta-aviões depois da Segunda Guerra Mundial. A pensar mais na China do que na Coreia do Norte

O orçamento militar japonês ronda apenas 1% do PIB, mas o anúncio da transformação dos porta-helicópteros Izumo e Kaga e a compra de 42 F-35Bs aos Estados Unidos revela uma atitude em sintonia com a fama de falcão do primeiro-ministro Abe.


Sebastião Paulo Ferreira | Diário de Notícias

Se alguém tem dúvidas sobre a projeção de poder que traz um porta-aviões, basta pensar no ataque japonês a Pearl Harbor. Naquele 7 de dezembro de 1941, que resultou na destruição de boa parte da frota americana do Pacífico e em mais de dois mil mortos nas tripulações, o Japão mobilizou seis porta-aviões, as estrelas de uma frota que para atacar o distante Havai contava com 50 navios e submarinos, além de 400 caças. E se, quase como uma vingança, o Shinano, o maior navio construído durante a Segunda Guerra Mundial, foi afundado por um submarino americano em finais de 1944, isso não significa que o potencial destruidor dos porta-aviões japoneses não tenha ficado fortíssimo no imaginário popular. A ponto de se refletir nas reações ao recente anúncio do regresso dessa categoria de barcos de guerra à marinha nipónica - na realidade a transformação dos dois porta-helicópteros Izumo e Kaga em porta-aviões.



A Coreia do Norte com mísseis nucleares mantém-se a ameaça maior a curto prazo, mas a crescente aposta da China no fortalecimento da sua armada é evidente como risco futuro para o primeiro-ministro Shinzo Abe, que, ao prometer comprar aos Estados Unidos aviões F-35Bs e sistemas antimíssil Aegis, não se importa de ser chamado de falcão e de defender a revisão do artigo 9.º da Constituição pós-Segunda Guerra Mundial, de matriz pacifista.

"As declarações políticas mais recentes e as subsequentes decisões do governo em matéria de equipamentos e gastos militares mostram claramente quais são as prioridades de defesa do Japão atual. Revelam, igualmente, a complexidade do xadrez geopolítico em que o Japão se insere. A curto termo, trata-se de reforçar o sistema antimísseis, tendo presente os riscos e a imprevisibilidade da liderança da Coreia do Norte. A médio prazo, a intenção é a de aprofundar a cooperação económica com a vizinha Rússia, especialmente à volta do Ártico. Uma cooperação que possa levar, finalmente, à assinatura de um acordo de paz entre ambos. A outra faceta, no mesmo horizonte temporal, tem que ver com a expansão hegemónica da China, nos mares e nos céus que rodeiam o Japão. Essa é a ameaça fundamental, estratégica, na ótica de Tóquio", afirma Victor Ângelo, antigo alto quadro da ONU, onde chegou a ser equiparado a secretário-geral adjunto."Entretanto, agora e no futuro previsível, os líderes japoneses sabem que continua a ser absolutamente indispensável privilegiar a relação de defesa com Washington", acrescenta Victor Ângelo, notando que demorará anos a completar-se o reforço militar japonês.

Só em 2023, na melhor das hipóteses, chegarão os primeiros 18 caças produzidos pela Lockeed Martin para formar o esquadrão que equipará o Izumo, o qual terá de ser remodelado para suportar a aterragem vertical.

Com o maior orçamento militar do mundo (mais de o dobro do chinês), os Estados Unidos têm uma sólida rede de aliados na Ásia Oriental, caso do Japão, da Coreia do Sul e de Taiwan, e também cada vez mais o Vietname. No caso japonês, a responsabilidade americana em termos de defesa é enorme, pois foi durante a ocupação militar que se seguiu às bombas atómicas sobre Hiroxima e Nagasáqui que a Constituição pacifista foi adotada. E, até hoje, continua a haver bases dos Estados Unidos no arquipélago nipónico, as mais importantes delas em Okinawa. Por isso a estratégia de Abe afeta diretamente os Estados Unidos num eventual choque com a China, assumindo mais responsabilidades diretas, como exige Donald Trump aos aliados asiáticos e europeus, e comprando-lhes grande quantidade de material bélico, para satisfação acrescida do presidente americano.

Contrariar ambições marítimas da China

"Quem acha que uma visão realista da política internacional que olha sobretudo para relações de força entre Estados está ultrapassada, não tem prestado atenção às notícias dos últimos anos, nomeadamente as vindas do Extremo Oriente. O reforço do investimento militar japonês nos últimos dois ou três anos na renovação das suas capacidades militares resulta essencialmente do enorme investimento chinês em novas capacidades militares. Também resulta do temor do carácter errático da ação externa dos Estados Unidos de Donald Trump, país que desde que derrotou e ocupou o Japão, em 1945, mantém no arquipélago uma forte presença militar e funciona como principal garante da sua segurança. O Japão tem apostado por isso em capacidades militares e em unidades capazes de reforçar significativamente a sua capacidade de dissuadir e responder a uma eventual ação militar chinesa contra as ilhas que a China disputa com o Japão. É o caso dos novos mísseis hipersónicos japoneses que aumentam muito a rapidez de resposta contra qualquer incursão nestas ilhas remotas; assim como a criação, pela primeira vez desde 1945, pelo Japão de uma brigada anfíbia permitindo a rápida projeção de forças militares robustas em caso de necessidade", explica Bruno Cardoso Reis, subdiretor do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-IUL.



"O facto de o Japão apostar também na aquisição de equipamento militar norte-americano muito dispendioso, caso dos aviões F-35, corresponde também a estes dois objetivos prioritários: dissuadir a China, atrair um presidente dos EStados Unidos, Donald Trump, muito sensível à compra de armamento norte-americano. Por fim, o Japão tem reforçado muito a sua capacidade ciber, ciente de que este é um domínio em que estão especialmente vulneráveis países democráticos mais abertos", acrescenta Bruno Cardoso Reis, um dos autores do Oxford Handbook of European Defence Policies and Armed Forces.

As várias cimeiras intercoreanas de 2018, assim como o encontro histórico entre Trump e Kim Jong-un em Singapura em junho, reduziram a tensão no Paralelo 38, que divide desde 1945 as duas Coreias, e tornaram mais distante a hipótese de um ataque nuclear por parte do regime de Pyongyang, mas deixaram ao mesmo tempo mais evidente a ascensão da China a grande potência militar, pois se o seu orçamento não faz sombra ao americano é mesmo assim já três vezes o da Rússia (cujo extremo leste a torna uma potência da Ásia Oriental) e cinco vezes o do Japão.

"A relativa redução do grau de ameaça para o Japão proveniente da Coreia do Norte está em linha com o tom de apaziguamento entre as duas Coreias e também entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos ao longo de 2018. Mas a identificação da China como principal ameaça para a defesa e segurança do Japão e, portanto, políticas e estratégias japonesas de relativa contenção da China não é recente, como comprovam as propostas japonesas, em 2006, de constituição de um Arco de Liberdade e Segurança à volta da Eurásia e, em 2012, de um Diamante de Segurança na Ásia-Pacífico juntando Japão, EUA, Austrália e Índia", destaca Luís Tomé, especialista em assuntos asiáticos.

Segundo o académico, "evidentemente, as preocupações japonesas face à China vêm aumentando face ao rápido e poderoso fortalecimento estratégico da RPC e, por outro lado, em resultado de uma postura mais assertiva de Pequim nos últimos anos nas suas diversas reivindicações territoriais - designadamente no mar da China do Sul e arquipélagos das Spratly e Paracel (importante para a segurança económica e energética do Japão) e, sobretudo, no mar da China Oriental, onde a China reivindica ao Japão as ilhas Senkaku/Diaoyu. Com efeito, o Japão mostra-se vivamente preocupado com certas iniciativas chinesas, como a construção de bases militares no mar da China do Sul; o estabelecimento, em novembro de 2013, pela primeira vez, de uma zona de identificação de defesa aérea cobrindo as ilhas Senkaku e uma vasta área de soberania japonesa (e também da Coreia do Sul); e incursões que passaram a ser quase diárias de meios navais e aéreos chineses nos espaços marítimo e aéreo sob jurisdição ou mesmo soberania do Japão. Daí que o Japão venha agravando o tom com que refere a ameaça que representa a China, denunciando nos seus últimos Livros Brancos de Defesa a escalada das atividades unilaterais da China em torno do Japão e as tentativas da China de alterar o statu quo pela coerção".

Ainda na mesma linha de pensamento, o diretor do doutoramento em Relações Internacionais da Universidade Autónoma de Lisboa diz que "o fator China surge, assim, como a principal justificação do governo japonês para acelerar a "normalização estratégica" do Japão, o que passa pelo aumento do orçamento de defesa e fortalecimento das capacidades militares japonesas, pela extensão das missões e responsabilidades das forças de autodefesa japonesas na segurança e na defesa do próprio Japão e também na segurança da Ásia-Pacífico, pelo envolvimento do Japão no sistema antimíssil dos Estados Unidos na Ásia-Pacífico ou pelo processo de revisão constitucional para reduzir os constrangimentos japoneses no domínio da defesa, evidentemente sempre no quadro da aliança com os Estados Unidos".

Normalização estratégica do Japão versus pacifismo japonês

A ideia de "normalização estratégica" - alguns dirão mesmo deixar o Japão voltar a ser um país normal, com forças armadas a sério e não meras "forças de autodefesa" - tem críticos, seja por razões pragmáticas - haver outras prioridades orçamentais como garantir condições sociais para uma população cada vez mais envelhecida (27% dos japoneses têm mais de 65 anos, contra 15% dos americanos e 11% dos chineses) - seja por razões morais - respeitar o pacifismo da Constituição, que permitiu reconstruir após 1945 um Japão próspero, deixando para trás a época imperialista de expansão na Ásia e no Pacífico que só terminou com os bombardeamentos atómicos americanos que forçaram o imperador Hirohito à rendição. E se Abe encarna os falcões, as pombas são muitas e bastante influentes na sociedade japonesa: o jornal Asahi Shimbun, por exemplo, escreveu em editorial que a nova linha de aquisição de material bélico implicava passar uma linha vermelha e arriscava propiciar uma corrida aos armamentos a nível regional.



Ainda há dias, num discurso que celebrava os seus 85 anos, o imperador Akihito deu-se feliz por um longo reinado sem guerras (abdicará em abril de 2019) e em conversa antes com os jornalistas insistira na necessidade de ensinar às novas gerações o que foi a destruição das primeiras décadas do século XX.

Analisando a pedido do DN as recentes medidas do governo de Tóquio, Sukehiro Hasegawa considera que "o primeiro-ministro Abe está a seguir uma abordagem bidimensional para as relações do Japão com a China enquanto adversários e parceiros", opção que resulta da sua vontade, também das limitações que sente internamente e, claro, tendo em conta muitas condicionantes externas. Segundo o presidente da Associação Global de Construção da Paz do Japão, "confrontado com o poder económico e militar crescente da China e a com a abordagem cada vez mais errática dos Estados Unidos face aos seus aliados e adversários, o Japão está a adaptar a sua abordagem à China numa estratégia multidimensional destinada a salvaguardar, em última análise, a sua necessidade de maximizar tanto a segurança nacional como a segurança humana".

Nota o antigo funcionário da ONU, que chefiou a missão de paz em Timor-Leste, que "desde que Abe retomou a sua posição como chefe do governo, há seis anos, prometeu manter o Japão como um dos principais jogadores no jogo internacional do poder. Em 2013, expressou a sua determinação em permanecer como uma nação de nível um e um guardião da paz e da segurança na região do Indo-Pacífico, determinação expressa no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais em Washington, DC. Desde então tem continuado a apelar para uma região do Indo-Pacífico baseada no império da lei e liberdade de navegação. As forças japonesas de autodefesa estão agora em ação a treinar e noutros compromissos com vários países da região. Domesticamente, o governo japonês reviu as suas estratégias e diretrizes de defesa para que o Japão possa lidar com a guerra cibernética e digital. O governo de Abe acabou de aprovar o orçamento de defesa nacional para o ano que vem, 2019, que é de 5,3 biliões de ienes ou 47 mil milhões de dólares. O orçamento é o maior e permitirá a compra de radares no solo de defesa aérea Aegis fabricados nos Estados Unidos e implantação de jatos furtivos e outros aviões".

Uma alerta, porém, de Hasegawa: os 47 mil milhões de dólares "representa um pequeno aumento de apenas 1,3% em relação ao ano anterior. A dificuldade em fazer qualquer grande aumento nos gastos militares é devido ao forte sentimento pacifista. O governo japonês é obrigado a considerar qualquer operação de segurança apenas em termos de defesa do país. O primeiro-ministro Abe tem-se tornado mais consciente da necessidade de cooperar com a China com declínio da influência dos Estados Unidos em muitos dos países da região e a sua facilidade em aceitar de uma maneira ou de outra a presença expandida da China".

Acrescenta que "Abe aceitou a ideia de mais cooperação económica e cívica entre o Japão e a China e visitou-a em outubro de 2018. Esta foi a primeira visita à China por um primeiro-ministro japonês em quase sete anos. Os dois países concordaram em cooperar no apoio ao desenvolvimento de infraestruturas dos países menos desenvolvidos da Ásia e de África, bem como promover intercâmbios culturais, incluindo cinema e música, que formam a base das trocas interpessoais. O primeiro-ministro Shinzo Abe até defendeu o aumento do intercâmbio entre os parlamentos e os partidos políticos do Japão e da China".

Cooperação Pequim-Tóquio em vez de conflito

De facto, os laços económicos são cada vez mais importante para os dois países, apesar da inimizade histórica com a China a relembrar a 13 de dezembro com uma cerimónia o 81.º aniversário do massacre de Nanquim em 1937, com centenas de milhares de vítimas, sobretudo civis, aquando da entrada de tropas japonesas na cidade. Se a decadência da China dos Qing no século XIX coincidiu com o rápido desenvolvimento do Japão Meiji, hoje é a ascensão económica chinesa que atrai os empresários japoneses, que não podem ignorar a segunda maior economia mundial, só atrás da americana (a China ascendeu ao segundo lugar do pódio do PIB em 2010, ultrapassando o Japão. Sendo que em 2017 a ordenação dos três primeiros em dólares foi 19,3 biliões, 12 biliões e 4,9 biliões, com os biliões a serem no fabuloso sentido dos trillions anglo-saxónicos).

"As relações China-Japão viveram momentos de redução das tensões em 2018. Isso mesmo foi visível através da visita do primeiro-ministro Shinzo Abe a Pequim em outubro, que teve lugar cinco meses após a estada do primeiro-ministro chinês Li Keqiang em Tóquio. O caminho para uma redução das tensões coincide com uma administração Trump que eleva barreiras protecionistas e se retira da Parceria Trans-Pacífico. A retórica menos amigável do presidente norte-americano nas relações bilaterais também acabou por criar um ambiente mais propício a uma distensão sino-nipónica", analisa José Carlos Matias, jornalista baseado em Macau.

Contudo, adverte o diretor do Plataforma Macau, "aspetos estruturais de interesses diferentes e opostos mantêm-se. A questão das ilhas Diaoyu (Senkaku em japonês) no mar da China Oriental mantém-se em suspenso, a par da forma como as duas partes veem a história da ocupação militar japonesa da China. Paralelamente, a rápida modernização do Exército Popular de Libertação da China tem criado condições políticas para o Japão começar a abandonar o pacifismo do pós-Segunda Guerra Mundial. O primeiro-ministro Abe tem, de resto, sido um proponente dessa mudança. A linha de algum disengagementmilitar dos EUA por parte de Trump - traduzida na retirada militar da Síria e do Afeganistão e em pedidos de maior contribuição para a defesa da região do Nordeste Asiático por parte dos aliados Japão e Coreia do Sul - também suscita preocupações em Tóquio, abrindo mais o caminho para uma nova abordagem à defesa do país. O anúncio recente por parte do governo japonês que iria colocar no mar pela primeira vez deste 1945 um porta-aviões é um sinal dessa nova fase. O programa de defesa do Japão para a próxima década inclui a aquisição de 42 F-35B".

A China tem apostado forte no mar, basta pensar que a iniciativa Uma Faixa, Uma Rota, do presidente Xi Jinping, tanto aposta no comércio terrestre como no marítimo, com construção de infraestruturas portuárias em vários países, algumas das quais gerando receios de dupla utilização civil e militar. E os porta-aviões estão também nos planos chineses de recuperarem uma influência marítima que deixaram de ter no século XV, quando o imperador mandou o almirante Zheng He acabar com as viagens a África e ao Sudeste Asiático. Depois de comprarem e modernizarem o Liaoning, um navio fruto ainda daengenharia naval soviética, construíram já um segundo porta-aviões e têm outro nos estaleiros em fase final.

Os números chineses são impressionantes, ainda que longe dos dez porta-aviões que têm os Estados Unidos, praticamente dois terços dos navios que existem hoje no mundo capazes de permitir descolagem e aterragem convencionais (16). De certo modo, o Japão reage à China, mesmo que Abe defenda, independentemente do novo poderio de Pequim, um país que deixe para trás os traumas de 1945 e que não só assuma uma normalidade militar como ambicione um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, justificando-se neste último caso com o seu tradicional envolvimento na diplomacia internacional e ser o terceiro maior contribuinte para as finanças da organização (tradicionalmente era o segundo, depois dos Estados Unidos, mas China passou a ocupar lugar).

"Estes passos dados pelo Japão devem ser entendidos como a concretização de uma linha mais assertiva e nacionalista do primeiro-ministro Shinzo Abe, palpável desde que assumiu o poder em 2012. O contexto resultante da política externa de Trump e da emergência da China como potência militar - com a rápida modernização militar e uma abordagem diplomática mais confirmante e assertiva - acelera este processo, pelo que o risco de uma corrida ao armamento na Ásia é real", diz José Carlos Matias. No entanto, faz questão de salientar o jornalista, "há aspetos estruturantes que têm dissuadido uma escalada rumo a um conflito efetivo e que permanecem em vigor: o domínio militar dos Estados Unidos na região e uma forte interdependência económica e comercial, sendo as relações China-Japão um exemplo disto mesmo". E também é verdade que o sentimento pacifista da população japonesa joga contra a adoção de um programa de armamento nuclear que, isso sim, seria visto como uma afronta inaceitável pela China, um dos nove países com esse tipo de bombas.

O próprio alcance da medida japonesa é discutível: tanto o Izumo como o Kaga são navios de 27 mil toneladas, não comparáveis com o Liaoning,de 58 mil, muito menos do que com os porta-aviões nucleares americanos como o USS Harry Truman, que há semanas esteve no Tejo e que é capaz de deslocar 104 mil toneladas (a título de comparação, o Shinano, afundado pelo USS Archerfish, em 1944, era de 69 mil toneladas).

Contudo, analistas militares destacam que com o Izumo e o Kaga adaptados para uso de aviões, a marinha japonesa passaria a igualar a frota que o Reino Unido enviou em 1982 para desalojar as tropas argentinas das Falklands ou Malvinas, o que não é de somenos, se pensarmos que muitos dos futuros conflitos na Ásia podem nascer de incidentes em torno da soberania de ilhas ou mesmo de rochedos estratégicos.

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