Se Irã for atingido, haverá guerra, diz ministro das Relações Exteriores; EUA respondem que querem 'alcançar a paz'

Javad Zarif negou que o Irã tenha atacado as instalações de uma empresa de petróleo na Arábia Saudita e afirmou que seu país vai responder a qualquer agressão com uma guerra total.


Por G1

Javad Zarif, ministro das Relações Exteriores do Irã, disse nesta quinta-feira (19) que haverá uma guerra se o seu país for atacado pelos Estados Unidos ou pela Arábia Saudita.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, em imagem de 13 de janeiro de 2019 — Foto: Reuters/Khalid Al-Mousily
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, em imagem de 13 de janeiro de 2019 — Foto: Reuters/Khalid Al-Mousily

Ele deu a declaração à rede de TV CNN. Ao ser perguntado sobre qual seria a consequência de um ataque militar contra o Irã, Zarif respondeu: “guerra total” e que os sauditas teriam que lutar “até o último soldado americano”.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, respondeu com a afirmação de que seu país está fazendo uma coalizão para deter o Irã, mas que busca uma saída pacífica.

“Nós ainda estamos nos esforçando para construir uma coalizão em um ato de diplomacia enquanto o ministro de Relações Exteriores do Irã ameaça com uma guerra total e lutar até o último americano. Estamos aqui para construir uma coalizão para alcançar a paz”, ele afirmou a jornalistas.

O iraniano chegou a afirmar que espera evitar o conflito e que ele está disposto a conversar com representantes dos rivais da região do Golfo Pérsico (Arábia Saudita e Emirados Árabes). Para voltar a ter uma relação com os americanos, no entanto, eles querem o fim das sanções econômicas impostas pelo governo de Donald Trump.

Ataque a instalações de empresa na Arábia Saudita

O ataque a um complexo de óleo e gás na Arábia Saudita que pertence à empresa Aramco no sábado (14) tornou a relação entre o Irã e os países árabes mais tensa.

Na quarta (18), o Ministério de Defesa da Arábia Saudita apresentou detritos de mísseis e drones que, de acordo com com o reino, provam que o Irã foi responsável. Os iranianos negam.

Um grupo de rebeldes do Iêmen, os houthis, havia reivindicado a autoria do atentado contra a petroleira.

Os houthis estão em uma guerra civil pelo controle de seu país. Eles são apoiados pelo Irã, e lutam contra uma coalizão que é liderada pela Arábia Saudita.

Os sauditas dizem que, pelas características dos restos dos mísseis encontrados no complexo de óleo e gás, eles não podem ter sido disparados do Iêmen.

Zarif, no entanto, reiterou na entrevista desta quinta (19) que os rebeldes houthis foram os autores. Isso porque eles aumentaram sua capacidade militar e são capazes de realizar um operação sofisticada, como a do sábado (14).

O iraniano não deu evidência nenhuma de que foram os seus aliados no Iêmen.

“Eu não posso ter nenhuma confiança de que eles o fizeram porque nós só ouvimos sua declaração. Eu sei que não fomos nós. Eu sei que os houthis deram uma declaração que eles fizeram [o ataque]."

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