Grécia e Chipre pedem que UE pare Turquia 'provocadora' no leste do Mediterrâneo

Atenas e Nicósia esperam que a União Europeia exerça mais pressão sobre Ancara em relação à exploração de gás natural turca nas águas contestadas do leste do Mediterrâneo. O desejo foi expresso em cúpula em Bruxelas.

Sputnik


"A Turquia permanece consistente com seu comportamento provocador e agressivo. Deste modo, a UE deve mostrar a mesma consistência na implementação das decisões que já tomou, para que o comportamento da Turquia tenha as consequências adequadas", sublinhou o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, na quinta-feira (15), ao chegar à cúpula da UE.

Embarcação turca de prospecção sísmica Oruc Reis no mar Mediterâneo © AP PHOTO / SEMIH ERSOZLER

Na sexta-feira (16), antes das negociações, o primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa, expressou esperança de que o bloco "seja capaz de apoiar forte e unanimemente Grécia e Chipre contra as mais novas provocações feitas pela Turquia".

Em setembro, os líderes da UE alertaram a Turquia contra as "provocações" em águas disputadas por Grécia e Chipre, mas, no início desta semana, Ancara enviou seu navio de pesquisa sísmica, Oruc Reis, que havia sido recolhido no mês passado, de volta às águas do leste do Mediterrâneo. A medida foi criticada por vários membros da UE como um golpe nos esforços de negociação.

A liderança turca, por sua vez, criticou a UE por constantes referências a possíveis sanções contra Ancara, com os diplomatas turcos até mesmo sugerindo que as relações UE-Turquia foram "feitas reféns" por Grécia e Chipre. Adicionalmente, a União Europeia foi acusada de descumprir as promessas relativas a um acordo de união aduaneira, liberalização de vistos e reabertura de capítulos de adesão à UE.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, foi ainda mais longe nesta semana, dizendo que a Turquia dará à Grécia a "resposta que ela merece" sobre a disputa no leste do Mediterrâneo.

No entanto, a UE já havia deixado claro que o diálogo com a Turquia era possível, e o primeiro-ministro grego havia em setembro pedido uma chance à diplomacia, pois se recusa a "acreditar que a parceria entre vizinhos próximos seja impossível".

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