Russos Obtêm Maiores Ganhos no renascimento do Mercado de Defesa Latino-Americano

Forecast International (tradução equipe Defesa@Net)

NEWTOWN, Conn. [30 Novembro 2006] - Os esforços da Rússia no Mercado de equipamentos de defesa na América Latina estão dando retorno. A análise anual da Forecast International do Mercado de Defesa da América Latina mostra que o primeiro movimento iniciado com
a venda de helicópteros para o México, e seguido agora pela Venezuela com grandes encomendas. Uma série de encomendas para helicópteros, fuzis de assalto, entre outros itens, foi seguida pela venda de 24 caças Sukhoi Su-30, elevando o total de acordos assinados com a Venezuela a U$ 3 bilhões, em menos de dois anos.

Espera-se que os venezuelanos efetivem novas encomendas para helicópteros, assim como aviões de transporte tático, submarinos, e sistemas de defesa aérea. Entretanto os elevados preços do barril de petróleo no Mercado internacional estão financiando essas aquisições, a recente queda desses preços pode forçar a Venezuela a reduzir o ritmo de suas planejadas aquisições.

Os russos também têm penetrado em outros países na América Latina, tal como:
Colômbia e Uruguai, sendo o Brasil, Chile e Equador como potenciais compradores. A Argentina poderá ser uma nova oportunidade de vendas , agora que o legislativo argentino aprovou um acordo militar firmado pelos dois paises. Os russos estão oferecendo uma ampla linha de produtos, mas os argentinos estão interessados em: helicópteros, aviões de transporte e sistemas de defesa aérea.

Os interesses dos argentinos estão diretamente ligados à revitalização da sua força militar, após anos de orçamento minguado. Os militares argentinos têm uma extensa lista de necessidades , embora os gastos serão cotingenciados às condições econômicas.

"O renascimento do mercado de defesa na Argentina parece ser uma tendência geral na região para um rearmamento após longos anos de orçamentos minguados,"afirmou o analista da América Latina Tom Baranauskas. "Os militares chilenos estão na liderança, pois dispõem dos recursos proporcionados pela "Lei do Cobre" para financiar seus programas militares que incluiu a compra dos caças F-16, fragatas usadas e novos submarinos. A Venezuela iniciou seu processo, mas outras nações estão tirando o pó de suas listas de compras ou formulando novas listas de compras."

O rearmamento do
Chile e da Venezuela tem alarmado muitos países vizinhos. Os planos da Colômbia de focar o gasto em armamento convencional após anos concentrar o esforço na guerra contra a guerrilha. Os militares brasileiros parecem estar usando as ações da Venezuela para colocar o governo nacional em movimento. O Programa F-X, novo caça da Força Aérea Brasileira, mostra sinais de ser revivido em vez de cancelado como era esperado. Entretanto, a Bolívia e o Peru operam forces antiquadas e inadequadas, quando comparadas às do Chile, enquanto o Paraguai está aumentando seu gasto militar em face dos estreitos laços da Bolívia com a Venezuela.

Enquanto muitos podem caracterizar como uma corrida armamentista, boa parte dessa atividade ainda representa tentativas dos governos de finalmente solucionar demandas de longa data. Muito do equipamento é obsoleto e o esforço de substituí-lo é significativo. Forecast International prevê um leve aumento no gasto de defesa regional para U$39,9 bilhões em 2010, após o que deverá aumentar levemente. Deste valor, somente cerca de 20 % é direcionado para programas de compras (de todos os tipos), mas ainda representa um mercado significativo.

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