Fragata FREMM para Marrocos confirmada

Navio marroquino será especializado em luta anti-submarina



Com a confirmação em Rabbat na passada semana, pelo primeiro-ministro francês François Fillon, da venda por parte da França a Marrocos de uma fragata multi-usos baseada no projecto FREMM, Marrocos passará a ser o terceiro país a operar este tipo de fragata, que se pretende apresentar como um projecto para o futuro das marinhas europeias.

A futura fragata Marroquina será baseada no modelo FREMM, que também foi aceite pela França e pela Itália para equipar as suas marinhas. Países como a Grécia também estão a estudar o projecto FREMM, com vista a substituir as suas fragatas Kortenaer e futuramente também as Meko-200 presentemente ao serviço.

Com um deslocamento próximo das 6.000 toneladas, o navio marroquino será um derivado directo dos modelos FREMM adoptados pela marinha da França e será especializado em tarefas de luta anti-submarina, utilizando torpedos UM-90. A fragata utilizará sofisticados sistemas de sonar, entre os quais um sonar rebocado. A capacidade anti-submarina é especialmente importante para Marrocos, perante a existência de uma considerável ameaça submarina por parte da Argélia.

Além disso, estará equipado com mísseis para defesa próxima ASTER-15, além de mísseis anti-navio Exocet MM-40.

O armamento do navio será completado com um canhão de 76mm de tiro rápido e dois canhões secundários de 20mm.

Para já parece haver planos por parte de Marrocos para a aquisição de apenas um navio da classe. Esta fragata será operada conjuntamente com as duas fragatas ligeiras da classe Floreal, e também pelas futuras três corvetas de patrulha do tipo Sigma cujo contrato de fornecimento foi assinado com a Holanda.
Estas capacidades dão à marinha de Marrocos uma capacidade considerável, no que respeita ao controlo das suas águas no Atlântico e no Mediterrâneo, e embora o seu numero seja reduzido, em termos tecnológicos aproximam a marinha marroquina de padrões que começam a ser comuns na Europa do sul, além de estabelecer uma clara superioridade sobre o seu vizinho e «rival» directo, a Argélia.

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