Israel rejeita trégua e volta a atacar Gaza

Ataque de ontem eleva a 11 os mortos no fim de semana; cessar-fogo foi negociado pelo Egito

O Estado de SP / AP 

Poucas horas após os insurgentes do movimento Jihad Islâmica na Faixa de Gaza terem oferecido uma trégua a Israel - intermediada pelo governo do Egito -, novos ataques aéreos das forças israelenses contra o território palestino deixaram mais 1 morto ontem, elevando para 11 o total de vítimas do conflito desde sábado. Os confrontos do fim de semana mataram 10 palestinos e 1 israelense.

Segundo o Exército israelense, os palestinos lançaram dez foguetes na madrugada de ontem.

Israel respondeu atacando seis postos de insurgentes palestinos em Gaza. O domingo ficou calmo no território palestino por cerca de oito horas, durante um cessar-fogo que durou até o início da tarde. A trégua acabou quando um novo ataque aéreo israelense atingiu dois insurgentes que, de acordo com Israel, preparavam-se para lançar um foguete. O Front Democrático para a Libertação da Palestina, pequeno grupo militante, afirmou que os homens atingidos - um deles morreu e o outro foi ferido – são membros de sua organização. O Ministério da Saúde do Hamas, movimento islâmico que controla Gaza, afirmou que o ataque ocorreu próximo à fronteira entre o território palestino e Israel.

"Quando todos os caças israelenses deixarem o céu de Gaza vamos parar de disparar foguetes", disse Dawud Shehab em nome da Jihad Islâmica, que iniciou a onda de violência na quarta-feira, com um ataque contra Israel que não deixou vítimas e marcou o 16.º aniversário do assassinato de seu fundador, Fathi Shiqaqi. No sábado, os ataques mataram nove palestinos em Gaza e um israelense em Ashkelon.

O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, disse que o país "não quer que as coisas se deteriorem", mas se defenderia contra qualquer um que atacasse. Para se precaver, Israel fechou escolas e universidades localizadas a até 40 quilômetros da fronteira com Gaza. O Hamas diminuiu a presença policial nas ruas do território palestino, temendo que os agentes sejam atingidos.

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