Caça Gripen C húngaro faz pouso forçado de barriga

Segundo notas divulgadas pelo Ministério da Defesa da Hungria, o incidente ocorreu devido a falha no trem de pouso.
Piloto seguiu o protocolo para o pouso com trem recolhido, ejetando após o toque na pista devido a desvio na trajetória.


Poder Aéreo

Nesta quarta-feira, 10 de junho, ocorreu um incidente de pouso forçado de barriga (belly landing) em caça JAS-39 Gripen C da Força Aérea Húngara, fabricado pela sueca Saab. O Ministério da Defesa da Hungria divulgou, ao longo do dia, três notas a respeito do incidente.

Acidente-Gripen-Húngaro-foto-via-Yahoo

A primeira delas foi publicada no final da manhã e informou rapidamente sobre o ocorrido às 10h52 (hora local da Hungria), na Base Aérea de Kecskemét, que abriga a atual frota de 13 jatos Gripen daquele país (a frota original era de 14 caças, mas um deles se acidentou no mês passado durante exercício realizado na República Tcheca). Foi informado que o piloto se ejetou com sucesso após o toque na pista com o trem de pouso recolhido, sendo encaminhado ao hospital.

A segunda nota, divulgada no início da tarde, informou que o piloto internado no hospital de Kecskemét estava em condições estáveis, conforme informado pelo general Zoltan Orosz em coletiva de imprensa realizada em Budapeste. Também se informou que o piloto, major Alexander Kadar, é bastante experiente e que ejetou devido ao fato do caça, após tocar a pista de barriga, ter desviado para a esquerda, o que obriga a uma ejeção conforme o protocolo.

Na terceira nota divulgada no final da tarde pelo ministério, o problema foi descrito da seguinte forma: a decolagem com o jato Gripen de indicativo de fuselagem número 30 deu-se às 9h05, e às 9h15 o piloto declarou emergência devido ao fato do trem de pouso dianteiro ter recolhido apenas pela metade. Procurou-se resolver o problema em voo, consultando-se também especialistas suecos. Como a resolução não foi possível, o piloto decidiu consumir seu combustível e então realizar o pouso de barriga.

Testes preliminares indicam que a aeronave pode ser reparada, e uma investigação detalhada está em andamento. Demais jatos da frota húngara tiveram seus voos suspensos temporariamente para ser inspecionados. Segundo o general Orosz, não há relação com o acidente ocorrido na República Tcheca em 19 de maio, e o incidente de hoje é um caso claro de problema técnico.

A diminuição da frota em dois aviões, evidentemente, é vista como problemática, mas não inibe a capacidade do país cumprir seus deveres nacionais e internacionais de proteção do espaço aéreo, disse o general. Sobre o acidente de maio, foi informado que continuam as investigações, com a participação de autoridades tchecas, húngaras e suecas.


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