Governo não deve prorrogar decreto que autorizou uso de Forças Armadas para liberar rodovias, diz ministro

Decreto de Garantia da Lei e da Ordem perderá validade nesta segunda. De acordo com Sérgio Etchegoyen, 'não há nenhum elemento' que sugira a prorrogação do decreto.


Por Alessandra Modzeleski | G1, Brasília

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, afirmou neste domingo (3) que o decreto de Garantia da Lei e da Ordem que autorizou as Forças Armadas a atuarem para desbloquear rodovias não deverá ser prorrogado.

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Reprodução

A GLO foi anunciada depois da crise gerada pelo movimento de caminhoneiros, que bloquearam estradas contra o preço do diesel. A paralisação gerou desabastecimento em diversos estados após a dificuldade no escoamento de produtos. O decreto foi publicado em 25 de maio e perderá validade nesta segunda-feira (4).

"Nesse momento, não há nenhum elemento que sugira prorrogação da GLO. A decisão é encerrar amanhã", afirmou após deixar reunião que monitora os protestos de caminhoneiros na manhã deste domingo no Palácio do Planalto.

Segundo o ministro, o abastecimento está "completamente normalizado", mas as reuniões no Palácio do Planalto devem continuar até que "todas as questões estejam devidamente sanadas e resolvidas".

Neste domingo, além de Etchegoyen, participaram da reunião o Almirante Ademir Sobrinho, Estado-Maior, Daniel Sigelmann, secretário-executivo da Casa Civil, Herbert Drummond, secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Claudenir Brito, secretário-executivo do Ministério da Justiça, Márcio Félix, secretário-executivo Ministério de Minas e Energia e Jorge Rachid, secretário da Receita Federal.

Por determinação do presidente Michel Temer, os ministros têm se reunido duas vezes ao dia para acompanhar os efeitos da greve.

Nova paralisação

Etchegoyen ainda comentou as mensagens que têm circulado em redes sociais e aplicativos de celular sobre uma nova greve de caminhoneiros marcada para segunda-feira.

"Nós estamos acompanhando e verificando quais são as consequências dessa eventual mobilização convocada para amanhã, mas sem nos preocuparmos a ponto de novo alarde, mas obviamente há de que se acompanhar", afirmou.

Segundo ele, "o governo não lida com boatos, com mentiras e imprecisões".

Neste sábado (2), o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que essas mensagens são falsas as mensagens e que os responsáveis estão sendo monitorados e serão punidos por promoverem a “desordem” e “levando temor à população”.

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