Rússia diz que expulsões diplomáticas pela Otan minam esperança em diálogo

O Kremlin disse nesta quinta-feira que a decisão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de reduzir o tamanho da missão diplomática da Rússia na entidade mina completamente suas esperanças de que as relações pudessem ser normalizadas e que o diálogo com a aliança liderada pelos Estados Unidos pudesse ser retomado.

Por Dmitry Antonov | Reuters

MOSCOU - A Otan expulsou oito membros da missão russa que eram "agentes russos de inteligência não-declarados", disse uma autoridade da entidade na quarta-feira, o golpe mais recente nos laços entre Ocidente e Oriente, já em seu pior momento desde a Guerra Fria.

Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, durante entrevista coletiva em Moscou © Reuters

"Existe uma incongruência óbvia entre declarações de representantes da Otan a respeito de seu desejo de normalizar as relações com nosso país e suas ações reais", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos repórteres.

Peskov disse que as ações da Otan não sugerem que as relações possam ser normalizadas e que o diálogo possa ser retomado. "De fato, estas perspectivas estão quase completamente minadas."

A rede Sky News noticiou que a missão de Moscou na sede da Otan em Bruxelas será reduzida pela metade "em reação a supostas atividades russas malignas, incluindo assassinatos e espionagem".

A Reuters não conseguiu confirmar as razões citadas pela Sky News para a diminuição da delegação russa na Otan.

O vice-ministro das Relações Exteriores russo, Alexander Grushko, acusou a Otan de duplicidade na quarta-feira, e um parlamentar pró-Kremlin prometeu que Moscou retaliará, mas não necessariamente à altura.

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