Interrupção da reunião do CSNU sobre a Jugoslávia por parte da França é escandalosa

Maria Zakharova enfatizou que o lado russo pretende pressionar por uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a agressão da Otan contra a Iugoslávia, pois "este não é apenas um evento na história, mas um ponto de inflexão na emergência da situação atual nos Bálcãs"


TASS

MOSCOU - A Rússia expressa indignação com o comportamento pouco profissional da delegação francesa que interrompeu a reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a agressão da Otan contra a Iugoslávia, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em um comentário.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova © Vladimir Smirnov/TASS

"Estamos indignados com o comportamento incorreto e não profissional da França, que é um dos 'cinco' membros permanentes do Conselho de Segurança com uma obrigação histórica especial de cumprir as regras provisórias de procedimento do Conselho e outras normas, desenvolvidas ao longo de muitos anos com base no respeito mútuo e na consideração de interesses", disse ela.

Zakharova explicou que, em 25 de março, a delegação francesa na ONU em Nova York, agindo com o apoio de outros ocidentais, interrompeu uma reunião do Conselho de Segurança aprovada no programa oficialmente adotado de atividades do Conselho de Segurança da ONU para este mês, programado para coincidir com o 25º aniversário da agressão da Otan contra a Iugoslávia.

"De nossa parte, fizemos concessões e concordamos em convidar como relator um representante do secretariado da Otan, uma organização diretamente responsável pela destruição da Iugoslávia e pela criação de um foco de instabilidade nos Bálcãs", continuou. "Lamentamos que a presidência japonesa do Conselho de Segurança da ONU tenha sucumbido aos franceses e realizado uma votação processual sobre um item da agenda a favor do qual Rússia, China e Argélia votaram, enquanto os outros membros do Conselho se abstiveram por várias razões, incluindo pressão de delegações ocidentais."

A diplomata chamou a atenção para o fato de, desta forma, "ter sido demonstrado um desrespeito escandaloso ao primeiro-ministro interino e ministro dos Negócios Estrangeiros sérvio, Ivica Dacic, que chegou a Nova Iorque para participar na referida reunião".

"Acreditamos que a essência de tal comportamento inadequado da delegação francesa está claramente refletida no ditado 'consciência inquieta trai a si mesma'", acrescentou.

Zakharova enfatizou que o lado russo pretende pressionar por uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a agressão da Otan contra a Iugoslávia, pois "este não é apenas um evento na história, mas um ponto de inflexão na emergência da situação atual nos Bálcãs".

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