Se aproximando da Rússia, OTAN move sistema de mísseis em regime rotativo para Lituânia

Durante a última cúpula da OTAN em Vilnius no verão passado, os membros da Aliança Atlântica concordaram em criar um sistema rotativo no qual os países aliados implantariam sistemas de defesa aérea nos Estados Bálticos por um período de tempo.


Sputnik

Em uma conferência de imprensa nesta quinta-feira (7), o ministro da Defesa da Lituânia, Arvydas Anusauskas, informou que o sistema começará a operar no país este ano, segundo a emissora estatal lituana LRT.

Patriot © AFP 2023 / Daniel Mihailescu

O ministro não indicou quais países ocidentais estão envolvidos na primeira rodada de defesas aéreas instaladas, mas disse que o equipamento inclui sistemas de mísseis terra-ar Patriot. Anusauskas acrescentou que os Patriot estavam sendo fornecidos por um aliado europeu, não pelos Estados Unidos.

"Este ano, o sistema rotativo de defesa aérea finalmente ficará operacional, pelo menos parte dele. Nosso objetivo é ter um rodízio semelhante à missão de policiamento aéreo. [...] A expectativa é que este princípio não seja algo único durante vários meses, mas que cubra todos os nossos meses civis e aumente significativamente as nossas capacidades de defesa aérea", afirmou o chefe da Defesa citado pela mídia.

Em junho de 2023, os países da OTAN chegaram a um acordo sobre um modelo rotativo de defesa aérea.

A Lituânia, a Letônia e a Estônia propuseram a implantação de capacidades de defesa aérea em uma base rotativa face à escassez de armamento de defesa aérea, isso significa que os parceiros ocidentais enviariam equipamento militar para um país báltico diferente em uma base rotativa.

De acordo com a emissora, Anusauskas prometeu nomear os Estados que seriam os primeiros a implantar os seus sistemas de defesa aérea na Lituânia assim que as nuances técnicas e os calendários fossem acordados.

Nesta semana, o secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev, disse que a OTAN "está ensaiando um possível confronto militar com a Rússia".

Anteriormente, ele também sinalizou que a expansão da aliança, com a recente entrada da Suécia, contraria promessas firmadas e prova que já não é possível confiar no Ocidente. Moscou já se posicionou diante dessas ações ao dizer que cada passo dado por esses países terá uma resposta assimétrica russa.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem